Wednesday, April 25, 2007

Maldito espanhol!




Voltei em forma de nuvém de pó de cimento...




A mente aluada anda completamente aluada no que respeita à blogosfera, mas outras obrigações e prazeres sugam todos os minutos dos meus dias. Não percebo porque sinto necessidade em dormir, já nem com 5 cafés por dia consigo incutir aos meus neurónios a informação, “Insónia é necessária, fechar a pestana é tornar o tempo inútil!”. Bom, a verdade é que desde que mudei de emprego, a agradável sensação de vir para casa e libertar-me do trabalho, desvaneceu-se da minha vida. Nos dias de hoje o trabalho vem de “mão dada comigo”, no verdadeiro sentido da palavra. Pareço um burro de carga, é dossiers, livros, artigos, folhetos, até calhaus de calcário já co-habitam comigo no meu ZP( entenda-se Zé Peido, nome amoroso com o qual baptizei o meu carro, para quem não sabe), que por sinal anda irreconhecível, agora que vive envolto em pó e cimento. Bem, tudo tem as suas vantagens e desvantagens! As vantagens é que vejo futuro e sinto que estou realmente no caminho para aprender muito mais, ou seja ando motivada. O objectivo é absorver tudo o que puder, dentro dos limites do possível, não vá o tico e o teco terem um colapso com tanta informação. As desvantagens é que me “lançam aos leões” e no meio de tanta informação acabo por me sentir perdida em caminhos nunca antes percorridos! Estou prestes a tornar-me uma poliglota, é inglês, é espanhol, qui ça francês e até um alemão “aportuguesado”. A palavra de ordem é “formação”. Em que língua? Só sei quando os senhores invadem o espaço, de gravatinha e pastinha na mão. Na segunda feira tive a sorte de o dito cujo ser um espanhol. Sorte ou talvez não! Foram 4h30m a ouvir “Entonces”, “ Vamos hacer”, “Ya veremos”. Na 3hora a mente aluada já só pensava, “voy a cortarme el pulso-vou cortar os pulsos senhor!!!!”. Maldito espanhol, será que não se alimentam? Uma tarde inteira sem comer, já nem via bem o espanhol e como boa portuguesa o meu cérebro pulsava, “café, café, comida, café, café, comida!”. Mas o pior estava para vir quando todo o mundo já me tinha abandonado, e às seis da tarde o senhor me interroga “hacer qué horas, yo puedo quedar hasta cuando anochecza”, “Se posso ficar até anoitecer???? Nem pense, tenho de ir dormir sobre a informação que me injectou hoje!”. E fugi......


Sunday, April 08, 2007

Beijinho ou aperto de mão?

E dia 9 de Abril é o ponto de partida, o grande dia, o dia de observar, reparar. O dia da ansiedade, do nó na garganta e aperto na barriga. Dia no qual é imprescindível sorrir, mostrar tranquilidade e ser o mais cuidadosa possível com tudo e todos. Não ser precipitada, nem para bem, nem para mal. Ser natural, mas ponderada. Ser sincera, mas cautelosa. Ser simpática, mas sem exagero. Dia 9 vou finalmente entrar no meu novo local de trabalho como parte integrante da empresa. Vou entrar numa nova selva e conhecer todos aqueles com quem terei de partilhar, espero que da melhor forma possível, uma nova fase da minha vida. Bem, a verdade é que já tive oportunidade de passar os olhos em algumas destas novas caras que vão povoar os meus dias e o balanço...falamos daqui a um mês senão for despedida entretanto! Quarta-feira lá foi a mente aluada “disfarçada” de engenheira responsável assinar o contrato para o novo emprego. Claro que depois de marcar a bela da minha assinatura, uma letra da primária simplesmente artística(espero que não liguem muito a isso, caso contrário vão pensar “contratámos uma criança!!!!), naquela preciosidade de folha, fui convidada para uma mini visita às instalações, durante a qual foi inevitável ir passando pelos corredores dos futuros colegas e esbarrar com alguns deles foi impossível de evitar. Que vos posso dizer, foi assim, hummm...cómico? Não sou uma pessoa insegura, nem muito dada a situações de cerimónia, sou normalmente do mais simples possível e acho que é bater o olho em mim e não engano ninguém! No entanto, o que senti foi, senhora mas menina, selecta mas simples, olhar responsável mas sorridente... ora bem, numa primeira apresentação acho que isso acaba por baralhar as pessoas, dando origem a situações do mais cómico possível, principalmente com os colegas do sexo masculino. A questão que povoou a maior parte daquelas mentes foi um aperto de mão ou uma beijoca? Já estão a imaginar, estica mão, dá a cara. Encolhe a mão, foge a cara. Ora estica a mão outra vez, ora dá a cara outra vez, parecia uma espécie de dança de acasalamento da pré-história em que o final termina como era de esperar e da melhor forma possível dois em um! Um cumprimento com um beijinho de mão dada! Decidi que será então este o meu cumprimento para os meus novos colegas!!! Desejem-me boa sorte!