Wednesday, September 12, 2007

Um perigo para a humanidade!


Aposto que todos já foram sujeitos a alguma situação que vos obrigou a respirar fundo enquanto contavam até 20 para acalmar os nervos ou uma situação em que certa afirmação desencadeou um bloqueio físico que vos impediu de dar ordem aos pés para fugir de certa pessoa, para bem da vossa integridade física! Dizem(não sei bem quem) que todos nascemos com uma vocação, claro que 90% das pessoas passam a vida a tentar descobrir qual é a sua e morrem na ignorância, sem nunca a descobrir. Seria tudo pacífico se não fosse o facto de passarem uma vida inteira a fazer algo do qual não gostam, nem para o qual têm jeito, podendo mesmo até, ouso dizer, ser um perigo para o resto da humanidade. A senhora com a qual me cruzei à uns tempos atrás é um exemplo de um desses casos, bastante infeliz e doloroso para quem lhe disponibiliza os bracinhos para que possa exercer a sua profissão de forma assustadora!!!!
Nos dias de hoje quase todas as empresas, que envolvam algum perigo para a saúde(como por exemplo snifar alguns reagentes perigosos ou engolir partículas de pó) são obrigadas a efectuar exames médicos aos “filhos da casa”. Isto, por forma a garantir o bem estar dos trabalhadores e já agora limpar as mãozinhas quanto a uma possível indemnização no caso de uma doença indesejada. Entre esses exames médicos, o mais corriqueiro, as análises ao sangue, no qual espetam e voltam a espetar(e voltam a espetar, se não se cruzarem com esta senhora, com sorte esta terceira já não acontece) até conseguirem encontrar a bela da veia. Pois é, a mentealuada como tem sempre uma sorte de fazer inveja a qualquer um, foi então chamada para ser espetada e fornecer o tal do sangue. Ao chegar ao local foi recebida por uma senhora toda aprumada, com um ar muito profissional e muito boa aparência(assim se vê que as aparências, meus amigos enganam!). Muito simpática mandou-me entrar e sentar-me. Enquanto ela preparava os apetrechos para a minha agonia, sentei o rabinho na cadeira, já a controlar a respiração e a tentar não bater o olho na agulha que me ia atravessar a pele. Estava eu com os meus pensamentos, senão quando a senhora se vira, agarra o meu braço e articula as seguintes palavras:

“ Então, deixou as veias em casa hoje?”

Claro que depois deste comentário fiquei muito mais calma. Lembro-me de sentir uma ligeira pressão no rabinho para me levantar e correr, mas contei até 20 e acalmei-me. Quando a agulha estava quase, quase mas mesmo quase a furar-me, a senhora pára e profere o segundo comentário:

“Menina dê-me só um momento, vou só lá fora ver o SrºMário que estou preocupada. A colheita não correu muito bem, o braço inchou e está com gelo no braço”


O quê?????????????????????????????????????????????????????

Thursday, September 06, 2007

E as mãos no volante, NÃO?


Atire a primeira pedra quem nunca fez figuras tristes ao volante do seu automóvel! Sem vergonha eu assumo, eu já! Mas juro que um dia destes, me apeteceu nunca antes ter pecado, para poder atirar um “calhau” ao senhor, do qual vou falar. Infelizmente tenho o meu historial. Temos de admitir que por vezes somos invadidos de uma vontade, ridícula mas incontrolável, de cantar mais alto do que a voz que se faz ouvir no nosso rádio e que o ritmo leva à movimentação do corpo mesmo que não queiramos (sempre é melhor do que enfiar o dedo no nariz e sacar um macaquinho) . Facto, que não é problemático no caso de irmos em auto-estrada e se as “maozinhas” não largarem o volante. Afinal de contas, ninguém vai mesmo ter tempo de nos ver em situação constrangedora e o carro segue o seu percurso. O caso muda de figura quando o belo do automóvel circula em cidade ou no meio da serra da Arrábida. Estrada estreita, cheia de curvas, para complicar com ciclistas à mistura e por sua vez caminho que sente o calor dos pneus da minha DONA LULA todos os dias. Pois é, num destes dias circulava eu por este agradável alcatrão, a ouvir uma “musiquinha” bem calma, quando de repente me apercebo de uma movimentação estranha no veículo que circulava com a sua frente colada no traseiro da dona lula(meus amigos, quando digo estranha é mesmo muito estranha)!

“Jissussss, será um ataque epiléptico??? Um problema de sistema nervoso, que leva a uma descoordenação de movimentos??? Estará a gesticular a pedir ajuda? Não, espera!
Está a tocar bateria?!!!”


O respectivo senhor, estava realmente a tocar bateria, ele era braços no ar( não percebo qual é a parte das mãos no volante que ele não percebe!) , língua de fora, cabeça no volante e pé no acelerador. O carro completamente desorientado, ora virava para a esquerda, ora virava para a direita, ora para a esquerda outra vez, isto tudo claro, no sentido contrário das curvas. Enfim era um cenário para fazer chorar qualquer um que circulasse à sua frente.

“Ai jaaaasus, daqui nada estamos os dois a trocar de “bateria” e com sorte ainda conseguimos a contribuição de um ciclista! Espero que a música tenha poucos minutos, caso contrário Mãe, Pai, Puto, adoro-vos!!!!!!”.

A minha reza durou cerca de 3 minutos que pareceram 3 horas . Claro está que depois de uma experiência destas, tudo o que se seguisse iria reflectir o meu estado de nervos e acoplado a minha mente aluada só podia fazer com que ao jantar em vez do meu hambúrguer, afiambrasse duas dentadas no hambúrguer da amiga Elsa.

“Olha lá pá esse é o meu!!!!!!” (ups, desculpa!)

Traumatizanteeeeeee.....

Sunday, September 02, 2007

4 canais e um dia de praia!

Pessoal que por aqui passa, isto anda muito mal no que diz respeito a pôr os dedinhos no teclado e escrever como se não houvesse amanhã. Já lá vai um tempo razoável desde que esse sentimento me invadiu pela última vez, mas hoje ressuscitou e não me consigo conter. E perguntam vocês “mas porquê, porquê, porquê? Estavas tão bem assim, sossegadita!”. Aqui a mente aluada pede desculpa, mas estão a aproximar-se as minhas férias! Quando todo o mundo anda de cabeça no “início do ano” a pensar que o verão este ano foi uma desilusão, a mente aluada ainda anda a planear as férias de verão! O que faz com que nesta fase tudo comece a parecer muito mais agradável, engraçado e caricato, como por exemplo um dia aparentemente banal passado numa praia para os lados da bela da Costa da Caparica!

Pessoal que por aqui passa, ir à praia nos dias de hoje é como passar uma tarde de semana em frente à TV a fazer zapping pelos 4 fabulosos canais da nossa televisão portuguesa. Mesmo que não queiramos ver a novela, somos obrigados a levar com ela, está em todo o lado e de que maneira. O botão do volume parece encravado e a guerra de audiência é tramada. De modo que a disputa para ver quem fala mais alto e cativa a atenção dos restantes é qualquer coisa de animalesca. Ah, com a diferença que em casa temos espaço para respirar, o mesmo não se verifica na bela da areia. As praias são enormes e várias, mas o portuga gosta do afago dos outros e quanto mais pertinho melhor “É pá aqui há espaço demais, que tal ali ao colo daquele casal tão amoroso? Mas será que conseguimos espetar os 3 chapéus de sol, as 2 cadeiras e a lancheira ali?”. (Jisssusssssss, digo eu, que tal ficar eu a segurar o vosso chapéu!) .E a novela começa!



Lado esquerdo, RTP1 novela familiar:
“MARGARIDAAAAAAA, não comas areia. RICARDOOOOO, põe o chapéu na cabeça! JOÃOOOOOO estás aqui estás a levar!”

Lado Direito, TVI morangos com açúcar:
“Rita, vá lá faz-te a ele, só uma vez, uma curte. Ontem na festa só dançou com a outra porque tu não lhe ligaste nenhuma. Vá lá, ele é lindo. ”

Retaguarda, SIC novela drama/acção:
“ Qualquer dia vou-me a ela, estou farta da aturar. Deve pensar que tem o rei na barriga, a cabra.”

Em frente, RTP2 novela política:
“ Duas horas para encontrar lugar, este país é triste, pessoas demais, infra-estruturas a menos. Estradas, parques pagos, isso é que era. Este país não evolui e o Governo é uma orquestra desafinada e Socrates é um cantor!”

E eu só queria um dia de praia tranquilo e silencioso, quem sabe “ouvir” o mar!!!!!

(Desculpa? Disseste “cusca”? Só com uns tampões nos ouvidos!)

Monday, June 04, 2007

Rádio Perninhas de Frango


Depois de uns tempos longe resolvi voltar a este mundo cibernético e espero que para ficar, pelo menos é o meu desejo mais sentido. É que esta mente aluada incute-me a tarefa de ver sempre o lado cómico, observador e crítico da vida, por isso mesmo, porque tenho andado aluada demais e em prol da minha boa disposição, resolvi voltar a escrever ou talvez descrever situações provavelmente sem grande interesse, mas que fazem parte dos meus dias(que hei-de eu fazer, se nada de mais interessante acontece!!!). E agora sem mais demoras vamos ao que interessa(ou melhor ao que provavelmente não interessa a ninguém, só aos meus “trolhas amigos”). Tenho a dizer-vos que desde que fui parar ao mundo do cimento que realmente me transformei num “trolha”. Há pois é, fiz-me “homem” por assim dizer, já que há muito cimento para amassar, algum teria de sobrar para a minha pessoa(a esta altura metade dos que me conhecem e vão ler este texto estão a gargalhar e a gozar da minha figura e com razão!). Mas calma porque a tarefa não é assim tão árdua e assim sempre trabalho a musculatura sem necessidade de gastar euros no ginásio. O pior, mas o pior mesmo, o que realmente me faz repensar o meu posto naquela fábrica é a estação de rádio que os meus companheiros me obrigam a ouvir todas as manhãs, ”Rádio perninhas de frango”(nome fictício porque não quero ferir susceptibilidades) . E ao que parece estes senhores são patrocinados por um talho. Sim amigos, um talho! Além de ouvir mil vezes o locutor repetir “ALÔ, ESTOU A FALAR COM?”(nem sei porque está lá, bem podiam por um gravador, o efeito seria o mesmo), começo já a conhecer as “personagens” que não devem fazer mais nada além de ligar para aquela estação, para concorrer para ganhar dois frangos, um peru recheado ou “quiçá” uns bifinhos do lombo. Nomes como, a Ermilinda das flores, o Manel taxista e a Maria do cabeleireiro começam a ser bem familiares no meu dia a dia. Além do pormenor de saber a lista de preços de tudo o que podemos encontrar no belo do talho. Ora e o que é que vai ser? Uns peitinhos de frango? Dois euros e 99 cêntimos o quilo “faz favor”….




Sunday, May 06, 2007

Dúvidas? Consultar dicionário...

Pois é, hoje para variar e por razões impossíveis de contornar, estou em sofrimento e a viver um domingo como há já algum tempo desconhecia. Mente aluada em pijama às nove horas da noite, a comer cereais, pronta para ver um bom filme e a mentalizar-se para passar os próximos três dias a ouvir um alemão a tentar falar inglês! Estou pronta para no final do terceiro dia ter o tico e o teco a gritar por “adjuda” e a sugerir “e se falasse em alemão...”. Acho mesmo que nem vou dormir hoje, qual não é a ansiedade! Mas falando de outras coisas, mas sem quebrar a monotonia do assunto trabalho, tenho reparado que ultimamente sofro de um pequeno problema, com o qual começo a preocupar-me e que pode vir a causar-me algum transtorno, nomeadamente aqui na blogosfera se isto me afectar ao ponto crítico do “escrever como se diz”! Como sabem(os que não sabem, aqui fica a informação) estou a trabalhar em Setúbal, a bela terra da “sarrrrdinha”, o que significa que convivo oito horas diárias com pessoas muito amorosas mas com uma maneira estranha de falar. Estranha, mas fácil fácil de se apanhar. Eu como sou uma pessoa sociável e sinto necessidade de me fazer entender sou obrigada(sim é obrigada, não é porque já começo a falar assim normalmente!) a falar como eles. Vou vos dar algumas dicas, caso algum dia precisem de ir até Setúbal.

Dicionário Setubalense(se algum dia tiverem dúvidas)

- o não, não existe em Setúbal. A negativa é representada por um grunhido “nã”.

Home- homem é uma palavra não reconhecida naquela zona, até pode ser uma ofensa. Por favor não tentem.

- adivinhem o que isto significa. Não, não é a linguagem das ovelhas(mas valeu a tentativa) é mesmo um “meu”.

Inha- Esta já sabem. Expressão usada quando se quer fazer referência a algo nosso. Em lisboeta vira “minha”.

Por hoje é tudo, prometo continuar a recolher informação e a enriquecer este dicionário. Atenção, adoro esta pronuncia!

Wednesday, April 25, 2007

Maldito espanhol!




Voltei em forma de nuvém de pó de cimento...




A mente aluada anda completamente aluada no que respeita à blogosfera, mas outras obrigações e prazeres sugam todos os minutos dos meus dias. Não percebo porque sinto necessidade em dormir, já nem com 5 cafés por dia consigo incutir aos meus neurónios a informação, “Insónia é necessária, fechar a pestana é tornar o tempo inútil!”. Bom, a verdade é que desde que mudei de emprego, a agradável sensação de vir para casa e libertar-me do trabalho, desvaneceu-se da minha vida. Nos dias de hoje o trabalho vem de “mão dada comigo”, no verdadeiro sentido da palavra. Pareço um burro de carga, é dossiers, livros, artigos, folhetos, até calhaus de calcário já co-habitam comigo no meu ZP( entenda-se Zé Peido, nome amoroso com o qual baptizei o meu carro, para quem não sabe), que por sinal anda irreconhecível, agora que vive envolto em pó e cimento. Bem, tudo tem as suas vantagens e desvantagens! As vantagens é que vejo futuro e sinto que estou realmente no caminho para aprender muito mais, ou seja ando motivada. O objectivo é absorver tudo o que puder, dentro dos limites do possível, não vá o tico e o teco terem um colapso com tanta informação. As desvantagens é que me “lançam aos leões” e no meio de tanta informação acabo por me sentir perdida em caminhos nunca antes percorridos! Estou prestes a tornar-me uma poliglota, é inglês, é espanhol, qui ça francês e até um alemão “aportuguesado”. A palavra de ordem é “formação”. Em que língua? Só sei quando os senhores invadem o espaço, de gravatinha e pastinha na mão. Na segunda feira tive a sorte de o dito cujo ser um espanhol. Sorte ou talvez não! Foram 4h30m a ouvir “Entonces”, “ Vamos hacer”, “Ya veremos”. Na 3hora a mente aluada já só pensava, “voy a cortarme el pulso-vou cortar os pulsos senhor!!!!”. Maldito espanhol, será que não se alimentam? Uma tarde inteira sem comer, já nem via bem o espanhol e como boa portuguesa o meu cérebro pulsava, “café, café, comida, café, café, comida!”. Mas o pior estava para vir quando todo o mundo já me tinha abandonado, e às seis da tarde o senhor me interroga “hacer qué horas, yo puedo quedar hasta cuando anochecza”, “Se posso ficar até anoitecer???? Nem pense, tenho de ir dormir sobre a informação que me injectou hoje!”. E fugi......


Sunday, April 08, 2007

Beijinho ou aperto de mão?

E dia 9 de Abril é o ponto de partida, o grande dia, o dia de observar, reparar. O dia da ansiedade, do nó na garganta e aperto na barriga. Dia no qual é imprescindível sorrir, mostrar tranquilidade e ser o mais cuidadosa possível com tudo e todos. Não ser precipitada, nem para bem, nem para mal. Ser natural, mas ponderada. Ser sincera, mas cautelosa. Ser simpática, mas sem exagero. Dia 9 vou finalmente entrar no meu novo local de trabalho como parte integrante da empresa. Vou entrar numa nova selva e conhecer todos aqueles com quem terei de partilhar, espero que da melhor forma possível, uma nova fase da minha vida. Bem, a verdade é que já tive oportunidade de passar os olhos em algumas destas novas caras que vão povoar os meus dias e o balanço...falamos daqui a um mês senão for despedida entretanto! Quarta-feira lá foi a mente aluada “disfarçada” de engenheira responsável assinar o contrato para o novo emprego. Claro que depois de marcar a bela da minha assinatura, uma letra da primária simplesmente artística(espero que não liguem muito a isso, caso contrário vão pensar “contratámos uma criança!!!!), naquela preciosidade de folha, fui convidada para uma mini visita às instalações, durante a qual foi inevitável ir passando pelos corredores dos futuros colegas e esbarrar com alguns deles foi impossível de evitar. Que vos posso dizer, foi assim, hummm...cómico? Não sou uma pessoa insegura, nem muito dada a situações de cerimónia, sou normalmente do mais simples possível e acho que é bater o olho em mim e não engano ninguém! No entanto, o que senti foi, senhora mas menina, selecta mas simples, olhar responsável mas sorridente... ora bem, numa primeira apresentação acho que isso acaba por baralhar as pessoas, dando origem a situações do mais cómico possível, principalmente com os colegas do sexo masculino. A questão que povoou a maior parte daquelas mentes foi um aperto de mão ou uma beijoca? Já estão a imaginar, estica mão, dá a cara. Encolhe a mão, foge a cara. Ora estica a mão outra vez, ora dá a cara outra vez, parecia uma espécie de dança de acasalamento da pré-história em que o final termina como era de esperar e da melhor forma possível dois em um! Um cumprimento com um beijinho de mão dada! Decidi que será então este o meu cumprimento para os meus novos colegas!!! Desejem-me boa sorte!

Monday, March 26, 2007

Um cérebro novo, MÉEEEE!!!

Cá estou eu, com poucas horas de sono e sem vontade nenhuma de as pôr em dia. Logo, nada melhor do que aproveitar para vos pôr ao corrente da situação. O dia foi difícil por vários motivos, acho mesmo que posso até atrever-me a afirmar que já, há pelo menos uma semana que desconheço o sentido da palavra fácil ou leve. Desde o cansaço físico passando pelo emocional e acabando no psicológico tem sido uma montanha russa estes últimos dias. Os meus dias passam por acordar, ir trabalhar durante as 8h00 que por obrigação tenho de cumprir, passar o final de tarde no hospital ao lado de umas das pessoas que mais amo nesta vida e a quem devo muito daquilo que sou e acabando sempre com uma noite que me dá forças, tranquiliza, que me faz acreditar que tudo é possível e que pensar positivo e acreditar é a base para seguir suportando os nossos medos. É depois essa a mensagem que tento passar nessas tardes. Tentar arrancar um sorriso, quem sabe até uma gargalhada e sentir que estou a fazer algo para tornar mais leve o sacrifício que é estar enclausurada numa cama de hospital.


Bom, esta tarde estava eu a tentar cumprir o meu dever de neta, não por obrigação mas sim de coração, quando pego no jornal e dou de caras com o título de uma notícia que me deixou perplexa e dizia assim “Ovelhas vão doar órgãos”. Claro que não haveria ser humano que ao ler tal coisa não ficasse no mínimo curioso para ler as palavrinhas pequenas que vêm no seguimento, “Nasceu exemplar 15% humano e 85% animal”. Não consegui impedir o despertar no meu pensamento de imagens como eu a jantar num belo de um restaurante, olhar para o lado e ver um casal de “centauros”(aqueles seres com cabeça de humano e corpo de cavalo, assustadores) ao meu lado a deliciar-se com o seu jantar e a trocar carícias de amor!!! QUE MEDO! Calma, que isto sou só eu a dramatizar! Afinal ao que parece os seres que vão mesmo virar 15% humanos são as ovelhitas! E quando falamos em 15% estamos a falar de órgãos como fígado, coração, pulmões e até o CÉREBRO! O objectivo é servirem de “armazém” de órgãos destinados a serem transplantados para humanos que necessitem! Mas e se “as malucas” se emancipam??? Com cérebro humano tudo é possível! Vamos ter o 25 de Abril do gado ovino!!!! Queremos Liberdade, MÉEEEE! Não sei se isto irá correr muito bem! Depois temos também o problema de um cérebro de ovelha ir parar à cabeça de um humano, suspeito que essa pessoa terá momentos complicados “ Posso convidar-te para irmos beber um café, MÈEEEE!”.
O melhor é repensar a questão do cérebro...

Monday, March 19, 2007

Cimento o meu melhor amigo!

Pois é, é verdade que ando com a minha mente aluada afastada da blogosfera, mas a culpa é da volta que a minha “vidinha” deu nestes últimos dias! Alguns devem estar recordados, outros ainda nem frequentavam este espaço e outros, esquecidos como eu, não se lembram, com toda a certeza. No início deste magnífico ano de 2007 decidi, num momento de brincadeira e boa disposição escrever numa lista interminável, os objectivos que gostaria de ver cumpridos no final deste ano! Claro que fui sensata e apenas escrevi aquilo que realmente acreditava que fosse possível, não queria concluir o ano como uma fracassada. Temos de ser inteligentes! Mas nunca na minha humilde ideia, pensei conseguir tão cedo! Bom, digo-vos que isto correu bem melhor do que pensava e o primeiro objectivo está cumprido! A mente aluada mudou de trabalho, agora sim para um emprego! Vou virar a mulher do cimento e argamassa! Há pois é, já me estou a imaginar de macacão e com a bela da bota de biqueira de aço a subir aos moinhos para recolher umas amostras! Nada mais indicado para a minha pessoa! Não sei onde estavam com a cabeça para me escolherem no meio de tanta cabeça orientada, mas a verdade é que aconteceu! E agora meninos aviso-vos, comecem a construir as vossas casas em madeira, porque a partir de agora o cimento neste mercado vai passar pelas minhas mãos! Pensando bem e analisando a situação se calhar sou capaz de explicar o porquê da escolha! Este processo de selecção demorou cerca de um mês, mais coisa menos coisa, que por acaso coincidiu com a altura em que deitar-me tarde começou a ser uma constante dos meus dias, um prazer impossível de controlar. Como tal, dormir poucas horas, muito poucas horas, faziam de mim na manhã seguinte um “zombie”, com necessidade de 4 cafés por dia! Ora, com 4 cafés por dia eu era a energia em pessoa, com ambição e vontade de convencer tudo e todos! Venham eles! Benditos cafés!!! O pior é que o meu organismo está agora viciado neste regime “deitar muito tarde e abrir a pestana muito cedo”, de tal forma que tentar dormir à meia noite, porque no dia seguinte estar a 100% é imprescindível, passou a ser uma ilusão. Mas o pior não é isso, o pior acontece quando nos obrigamos a ir dormir e o isolamento do nosso prédio é tão bom, mas tão bom, daqueles mesmo tão bons, que quando o vizinho de cima decide ir fazer a “mijoca” das 3h00 da manhã eu só obrigada a ouvir o “chichi” todo, com direito a sacudidela no final e tudo, já para não falar no chiar que a cama dos vizinhos fazem, quando decidem fazer o belo do amor, “já compravam uma caminha nova, não????”. Abstrair-me? Eu tento, mas não consigo, ainda se o ritmo fosse constante, mas nem isso!!!

Tuesday, March 13, 2007

O´QueStrada


E hoje nem todos vão gostar deste post, mas não resisti a dar a conhecer este grupo completamente alternativo, à pequena percentagem que não conhece e que tal como eu tem gostos especiais, no que diz respeito à música e ao mundo artístico. Pessoalmente sou uma mente aluada com especial interesse no que é diferente. Uma das coisas que me impressiona e que valorizo é a capacidade de imaginação e criatividade do ser humano, que por vezes é subestimada devido aos estereótipos criados pela vida que levamos, pelas rotinas, pelo medo de arriscar. Nos dias de hoje estamos demasiado colados ao banal, ao que é usual ou talvez considerado normal, e por uma questão de comodidade ou adaptação aceitamos sem contestar. De certa forma acaba por ser uma arma inconsciente de socialização com o mundo que nos rodeia. Os nossos ouvidos estão viciados num determinado tipo de música(não fosse a mesma música passar 20 vezes na mesma rádio num espaço de tempo de 8 horas), o nosso nariz identifica cheiros mais comuns, como por exemplo as famosas pipocas à saída do metro(às vezes ainda não saímos e parece que já estamos a sentir aquele cheiro intenso a caramelo), os olhos procuram ver aquilo que todos os outros vêem(incluindo as novelas e os programas da TVI, por pura necessidade, caso contrário no dia seguinte no refeitório do local de trabalho íamos sentir-nos como autênticos “aliens”), a imagem é cada vez mais levada em consideração, vestimos sempre aquela “roupinha” que anda na moda(confessem meninas quando passa alguém com um modelito fora do normal, é corte e costura certo “ Jissussss! Olha lá a bela da calcinha da menina e o sapatinho!!!”) e tudo o que é diferente parece não ter nem hipótese de ser avaliado ou merecer atenção. É exactamente por isso e por achar que estes meninos merecem uma atenção especial, mais não seja pela coragem de tentar vingar com algo diferente, que resolvi menciona-los. Foi por acaso que tive oportunidade de ver um espectáculo deles, nunca tinha sequer ouvido tal nome e não fazia ideia do que se tratava e hoje não consigo deixar de ter vontade de voltar a vê-los! Criatividade, qualidade e sentido de humor nada melhor para defini-los!

Os O´QueStrada


Thursday, March 08, 2007

Srº Rafeiro agradeço 7 vezes!



E um certo rafeiro ladrou, desafiando a minha mente aluada a funcionar, desde já SrºRafeiro lhe agradeço 7 vezes por esse RAUF(continuo a respirar fundo)!!!!!!!
Como não sou mulher de negar um desafio, como o sete é o meu número da sorte e como não consigo controlar a tendência de dizer sim a um desafio, em prol do espírito blogista vou mesmo lançar assim à maluca, as primeiras 7 ideias, entenda-se parvoíces, que me vierem à ideia em cinco campos diferentes(e quem se está a rir da pena que vou cumprir, não espera pela demora!). Ora aqui vai...

7 coisas que faço bem
-Comer. Como tão bem!(que medo, foi a primeira coisa que me ocorreu. Será que como assim tanto?).
-Bolos(consequência ou necessidade do “faço bem nº1”)
-Ouvir(sou uma óptima ouvinte, se possível para desabafar liguem-me de madrugada, oiço e durmo ao mesmo tempo).
-Perder papéis importantes(é algo em que sou profissional)
-Conduzir(fico surpreendida comigo mesma, às vezes penso “é pá mas porque é que vim por aqui!”)
-Entreter as crianças(devem olhar para mim e pensar “esta criança é um fenómeno, é grandeeeee!).
-Pensar positivo(há sempre um lado positivo, depois de procurar muito encontro-o!)

7 coisas que não faço ou não sei fazer
-Dormir a ver televisão(incapaz, já tentei mas não funciona. Sou um ser anormal, é verdade!)
-Gestos feios aos “palhaços” que me passam à frente na fila da ponte e agradecem(não faço. Ai mas a vontade é tanta!!!!!!)
-Perder tempo a procurar alguma coisa(nem pensar, o pensamento é hás-de aparecer, porraaa!)
-Mexer só as orelhas(irrita-me quem consegue!)
-Negar ajuda a um pedido de ajuda de um amigo(vá, agora não abusem!)
-Desligar o telefone na cara de alguém( sinónimo de falta de respeito e educação)
-Pintar as unhas sem borrar os dedos( quando não se tem paciência para ir à bela da manicura, pinta-se o dedo também)

7 coisas que me atraem no sexo oposto
-Inteligência(fundamental conseguir manter uma conversa interessante)
-Sentido de humor apurado(rir é para mim uma necessidade e um prazer)
-Espírito de iniciativa(se há coisa que me irrita é “lesmóides”)
-Sentido crítico(saber discutir pontos de vista, dar opinião, é extremamente necessário)
-Olhos expressivos( saber olhar alguém nos olhos sem receio é simplesmente fabuloso)
-Paciência(calma e tranquilidade para aguentar os meus ataques de ansiedade)
-Carinha laroca( é sempre agradável, atraí, vá lá admitam!)

7 coisas que digo frequentemente
-Deves gostar de comida de hospital tu!(ou “Gostas de comer por uma palhinha?”)
-Jissusssss(não consigo largar esta expressão!)
-És muita bom tu!(Criei dependência por a ouvir tanta vez! Certo Mad?)
-Tu não me envergonhes(é um dos preliminares de uma boa gargalhada!)
-”Piiiii.....” de vida esta(sempre que o meu despertador toca!)
-Bom dia!(Devo repetir estas duas palavras dezenas de vezes desde que entro no meu local de trabalho até que começo a trabalhar!)
-Que medo!(está já não é novidade!)

7 actores/actrizes
-Anthony Hopkins(arrepia-me)
-Meg Ryan(faz-me ri e chorar)
-Jack Nicholson(abafou todos os outros no “Entre inimigos”)
-Penélope Cruz(grande papel em “Volver”)
-Matt LeBlanc(o Joye da série “Friends” e o seu famoso “How you doing!”)
-George Clooney( não preciso explicar porquê!)
-Audrey Tautou( “O fabuloso destino de Amélie” é dos meus filmes de eleição)

Ufffaaaa! Já está! E os 7 capazes de me fazer rir e que...


são...



Os rapazes
Decrescente - Jorge
Compota de Morango -Marco Rebelo
Homem mau _João vitor

As meninas
Bretinha do campo -Brettinha
A vaca que ri -Slumber
ailez -ailez
Quilindo -Aninhas

Sunday, March 04, 2007

Teatro vs Enxaqueca

Pois é pessoal, sábado fui ao teatro. Outro dos prazeres no qual gasto o meu dinheiro suado. Como não podia deixar de ser, tinha de ir ver algo que combinasse com a minha pessoa, ou seja uma comédia hilariante. E ninguém melhor para nos fazer rir em pleno teatro Villaret do que a dupla infalível, António Feio vs. José Pedro Gomes. A peça “Dois amores” estreou em Setembro e está em exibição desde então, de terça a sábado. Fazendo as contas já lá vão 6 meses e a sala estava completamente lotada, o que para os actores deve ser muito reconfortante e compensador em satisfação pessoal. No entanto para o público que vê o espectáculo isso torna-se uma enorme desvantagem, principalmente quando a maior parte da população portuguesa ri de forma descontrolada e bastante sonora. Eu pessoalmente prezo a qualidade e prefiro pagar mais e ficar sentada ao colo dos actores do que ser a primeira a abandonar a sala. Mas não sendo eu a comprar os benditos bilhetes, fomos parar às filas traseiras. Para começar a minha tarde não foi muito agradável, tive uma companhia bastante dispensável, uma estúpida de uma enxaqueca, que só me largou e por pouco tempo depois de a alimentar com um Benuron. De qualquer forma, fui ver a peça. Uma vez comprados os bilhetes não há nada a fazer. Apesar do desconforto que a minha dor de cabeça me provocou durante as 3 horas que durou o espectáculo e apesar de ver apenas o vulto dos actores(preciso de arranjar um óculos!!!!), digo-vos que vale realmente a pena. António Feio está muito bem, na pele de um hippie desocupado que vive basicamente do fundo de desemprego e o José Pedro Gomes é um bígamo que divide o seu tempo entre as camas de duas mulheres completamente opostas. Uma tem metro e meio, é morena e irritante à brava. E a outra tem mais três palmos que ele, é loura e também é irritante à brava. No desencadeamento da peça vão surgindo mal entendidos, que originam uma verdadeira “salganhada“ que provoca a cada frase um novo motivo de risota. A peça é rir do princípio ao fim. O que deveria ser bom, certo? E seria, se eu estivesse na primeira fila. Com uma sala em peso a dar gargalhadas sonoras, por vezes tornou-se impossível ouvir os actores, havendo assim uma espécie de degradê do riso, das primeiras filas para as últimas. Enquanto nós, o povão das últimas filas, riamos da piada x, a nobreza, entenda-se pessoal na primeira fila, já estava a rir da piada y, a qual nós não ouvimos! Para ajudar à minha irritabilidade e a minha enxaqueca, sentado exactamente na mesma posição, mas na fila de trás (sim porque ainda havia filas atrás de mim, entenda-se vice povão) estava um ser enorme, com umas pernas enormes, que esteve nas três horas que durou a peça a tentar diminuir o número de cabelos que povoa a minha cabeça, com os benditos joelhos. Ainda bem que tive a brilhante ideia de ir de rabo de cavalo, senão nem quero pensar. Quer dizer, por um lado lá se iam as pontas espigadas. O que vale é que sou uma pessoa realmente calma e com toda a delicadeza pedi “ Ouve lá páaaaaaaaaaaaaa, já encolhias essas andas, não?????”, mentira, ele era mesmo grande. Foi mais do género, agarrar o rabo de cavalo e mante-lo na parte da frente do meu pescoço! Vão ver a peça, mas num dia de semana!

Thursday, March 01, 2007

Uma bela duma poesia!

E falava eu da Ivete!!!!!

Hoje vinha eu tranquilamente a gozar a minha viagem diária com itinerário Queluz-Almada, a divagar nos meus pensamentos e a segurar o volante do meu ZP(sim porque ele já sabe o caminho), quando de repente começou a soar uma música na estação de rádio que tinha sintonizada. A sonoridade era até comum, mas ao ouvir a letra pensei, “Mas que raio de letra é esta???? Já não há censura neste país? Quem é que canta uma coisa destas?”. Juro-vos que devia parecer uma parva para quem circulava nas viaturas ao lado e dava aquela espreitadela pelo canto do olho direito, ao passar. Eu ria à gargalhada a ouvir e a pensar “Por favor, o que é isto!”. Vejam bem, aliás leiam bem esta letra! Desculpem, letra não, isto é um verdadeiro poema! E já agora, não resisti a responder “à letra”!

UHH! Vou fazer o que tu queres
Estou pronto a dar-te o que quiseres
Não sei bem o que queres
Engolires o micro pode ser?

Tu queres, eu dou-te
Silêncio podes dar?
Quero-te enlouquecer
Louca de dor de cabeça vou ficar
E hoje a noite sei que vai aquecer
A temperatura vai subir
Anda faz-me ferver
Acho que é febre, não será?
Baby quero ferver
Não brinques com o termómetro e dá-me o cá
Não me peças para tentar controlar
Até podes estrebuchar
Não me peças para não te fazer gritar
Gritar? Não! Estou a gargalhar
Não me interessa se os vizinhos estão a ouvir
Posso chama-los para no teu espancamento ajudar?
Só me interessa o que tu estás a sentir
Sinto tédio de te ouvir
Não me peças para não te tocar assim
Mete as mãos nos bolsos e toca mas é em ti
Quando te toco tu começas a aquecer
Deve ser da urticária que me fazes sentir
Não tenhas medo de gostar do que gostas
Medo é para os fracos não para mim
Eu sei que és mais do que mostras
Podes bem querer que sim

Mulher porque é que tu tinhas de ser assim tão boa
Para te partir essa grande boca
Qualquer homem que chegue ao pé de ti fica à toa
Partir-te os dentinhos é na boa?
Imaginar-te no quarto deitada toda nua
Pronta para te por na rua
Minha vadia na cama, minha senhora na rua
Imprestável na cama e meu parolo na rua
Tu tens carinha de santa mas deves ser perigosa
Sou o perigo em pessoa, se duvidas tens mente tosca
Não fazes mal a uma mosca mas deves ser gulosa
Sou gulosa de respeito e toma banho que afasta a mosca
Quero brincar contigo, deixar-te bem nervosa
Vamos brincar , tu és a formiga e eu o pé que te pisa
Estás tão cheinha, deves tomar a sopinha toda
Estou cheinha, mas é de vontade de virares papinha

Tuesday, February 27, 2007

É para arrancar se faz favor!

Existe muita coisa à qual não consigo atribuir uma explicação para a sua existência, mas há uma que faz os meus neurónios entrarem em disputa pela conclusão! É, definitivamente uma coisa desnecessária, que podia muito bem não existir. Todos passamos por isso quando chegamos a uma certa idade. É impossível evitar, eles começam a nascer e das duas uma ou sofremos com isso, assumimos e aguentamos ou então acabamos com eles. O quê? Cabelos brancos? Nãooooo! Isso é na geração seguinte, por enquanto só mesmo louros! Se não são os cabelos só pode ser...as rugas??? Nãooooo! Bolas! Isso são três gerações à frente!


Estou mesmo a falar dos “sacanas” dos dentes do siso, que não servem absolutamente para nada. Crescem simplesmente para causar problemas aos outros dentes que já povoam as nossas gengivas à muito mais tempo. Servem também para encher os bolsos aos cirurgiões de maxilo-facial, que se “pintam” para extrair uns dentes destes, já que 90% da população entre os 20 e os 30 acaba mesmo por ter de os tirar! Então porque é que nascem? Para depois de um “Bolas, estão a nascer-me os dentes do siso. Estou cheia de dores” , ouvir-mos um muito desnecessário “Agora tens de começar a ter juízinho!”. Há comentário que provoque maior sorriso amarelo que este! Há, digo-vos eu! Devido às dores provocadas por um destes dente problema, fui consultar um entendido na matéria. Para sofrer mais vale sofrer de uma vez, ou seja na altura de arrancar! Cheguei apreensiva, mas conformada que tinha de o fazer. À medida que a consulta foi avançando o meu sorriso amarelo foi crescendo, crescendo até ao ponto de ver o meu sorriso além de amarelo, metálico também! Pois é! Ao que parece,além de ter de extrair o siso, senão oferecer à minha boca um novo adereço, daqui a uns anos vou trabalhar para o circo, habilidade- deslocar o maxilar inferior. Os meus ossos estão em constante esforço e desgaste. Ou seja cada vez que falo, mastigo e por aí fora estou a limar os meus ossos. Sou o apogeu do masoquismo!
Estou portanto neste momento num processo que implica convencer a minha pessoa, de que amanhã estar sentada na cadeirinha do Srº Dentista, de boca aberta durante horas com um aspirador de baba pendurado nos beiços e a emitir grunhidos de resposta ao Srº Dentista, é uma realidade! Outra coisa que me faz confusão, porque é que nos perguntam o que quer que seja enquanto estamos naquele estado? De boca escancarada o máximo que conseguimos responder é um “HAN HAN” ou talvez para os mais corajosos um “TAUDO BAEM”. Torçam por mim!

Friday, February 23, 2007

E a palavra chave é...

Depois da noite de segunda-feira de carnaval, como devem calcular o dia de terça-feira não foi muito produtivo. Qual desfiles de carnaval qual quê, não fiz nada mais do que descansar, o que de certa forma acabou por ser produtivo mais não fosse para o meu organismo, que agradeceu a folga. Bom, a única coisa diferente na terça-feira foi o serão. Como tenho família que sabe aproveitar bem a vida, mais especificamente a prima mais nova e o primo, o serão foi passado a matar saudades e a ver uma sessão de fotos de uma semana que os respectivos, passaram no Brasil. Enquanto eu andei a levar com uma semana de trabalho e CHUVA, eles andavam a banhar-se do sol de Porto Galinhas e a tirar fotos para depois nos mostrar(são tão amorosos, não são!!!!!!). E como a prima é do mais pormenorizado que existe, em conjunto com as fotos, havia também as músicas(escolhidas a dedo), que se faziam ouvir na paisagem e que fazem o povo “tirar o pé do chão”. Isto tudo, para explicar que me fez recordar os belos dias durante a minha viagem de final de curso, em que também fiz uns “estragos na cor da minha pele” e durante a qual também ouvi umas músicas, digamos que engraçadas! Uma delas foi a “Céu da Boca” da Ivete Sangalo. A primeira vez que ouvi a música fiquei intrigada, simplesmente porque me faltou perceber uma palavra essencial da letra(que muitos de vocês devem saber qual é, outros talvez não).

A letra começa bem “Eu quero beijar a sua boca louca”, pensei é uma maluca esta Ivete mas tudo bem, têm ritmo, canta bem e beijar é mesmo bom. Continuou “Eu quero enfiar...no céu da sua boca”, quer enfiar o quê????. No céu da sua boca????? “Ouviste Ana, pára lá de dançar! Ouviste o que ela disse?”. Não, claro que não ouviu, o povo delira só com a música, nem era preciso letra! Comecei a estranhar. Pensei e vão crianças dançar ao som desta música, esta mulher não tem limites. E quando eu menos esperava seguiu-se o “Chupa toda” reforçado pelo “Eu disse toda”. Não era possível, não estava a imaginar a senhora Ivete a cantar aquilo e a pular contente da vida. Mas ela continuava “Eu quero enfiar...no céu da sua boca” e eu continuava intrigada sem perceber a palavra imediatamente depois do "enfiar" e antes do "no céu da sua boca".E fiquei na ignorância até ao último acorde da música. Até que finalmente descobri o que queria ela enfiar na boca do Gilberto Gil!!!! Para os que sabem qual é a palavra chave, oiçam e tentem compreender a minha perspectiva. Para os que não sabem, tentem descobrir...


Wednesday, February 21, 2007

Mascarada para engatar!

Voltei! E hoje, novamente como mente aluada “abaixo a depressão”. Deprimi-me só de reler o que escrevi! Credo, há dias maus!!!!

E voltei para partilhar convosco, já com uns dias de atraso peço desculpa, a minha segunda-feira de carnaval. Como muitos de vós(os desgraçados que têm um trabalho e não um emprego), eu fui uma das tristes pessoas que não teve oportunidade de gozar um fim-de-semana prolongado, ou seja segunda-feira foi dia de dar no duro. Começou logo bem, aluada como sou esqueci-me do pormenor de ser fim-de-semana prolongado para muita gente, facto que ignorado me fez levantar à mesma hora de sempre e chegar ao meu local de trabalho às 7h30m da manhã. Pensei “É hoje que vou tomar um pequeno almoço à Lord, no Docesil”(uma pastelaria daquelas de levar ao sétimo céu, qual não é a categoria da vitrina”. Já com água na boca dirigi-me ao respectivo local. Já estavam a adivinhar não é? FECHADO. ”Com mil diabos, vou ficar de desejos. Será possível, que só eu é que não vou gozar o carnaval?”. Lá me conformei e fui trabalhar, que remédio! Estava já com o meu dia mais que planeado, sair do trabalho e casa. Enroscar-me na minha caminha a ver filmes e a ouvir a chuva lá fora. Claro que tal visão não passou de um delírio, não fosse eu ter amigos tão doidos quanto eu. Combinámos um jantar calmo em casa da amiga Elsa e depois ir “brincar” ao carnaval. Verdade das verdades, o que menos me apetecia era enfrentar o temporal que se fazia sentir e sair de casa para partilhar “figuras tristes” como uma multidão de pessoas, mas fui. Amigos, acho que há muito que não tinha uma noite tão preenchida de gargalhadas. Digamos que entrei no espírito da coisa, caprichei e foi o sucesso. Desde o figurino, à composição da personagem, não faltou nada! Nesta altura estão a perguntar-se “mas afinal mascaraste-te de quê?”. Pois, não sei bem responder, sei que fiquei irreconhecível! Sabem aquele programa(muito, mesmo muito educativo), EXTREME MAKE OVER, em que “ultraleves, entenda-se pessoas com problemas de beleza” são transformados em “boeings, ou seja pessoas realmente atraentes”, sabem? Agora pensem no inverso! Fiquei O medo! Vesti-me a rigor para engatar, até mandei beijinhos e tudo, mas por algum motivo, não sei bem qual, não resultou. Lá que se riam e vinham meter conversa comigo vinham, mas acho que era para terem a certeza que tal pessoa não podia ser real....

Após transformação fiquei assim...

Depois


O Antes fica para amanhã...

Tuesday, February 20, 2007

O Dia da lágrima-Fevereiro

Quando conseguimos viver a solidão de forma confortável, quando a saudade deixa de ser sinónimo de mágoa e a ansiedade é vivida de forma tranquila e controlada. Quando deixamos de precisar de procurar conforto na pessoa “errada” apenas para minimizar o desconforto de não sabermos estar sós. Aceitamos a realidade como ela é, deixando de viver na esperança e ilusão. Quando o nosso pensamento, deixa de procurar desesperadamente o esquecimento e pelo contrário procura as recordações que um dia nos fizeram chorar de tristeza, transformando-a numa feliz recordação. É nesse momento que damos o devido valor ao que somos...

"In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that i feel about youIs beyond words
*
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything"


Thursday, February 15, 2007

Tudo pela segurança do laboratório!!!!


A manhã foi complicada, acordei irritada sem motivo aparente ou talvez com um motivo mais que concreto, mas daqueles que insistimos em manter bem longe do pensamento! Somos seres insatisfeitos por natureza, queremos sempre mais, estamos constantemente a estabelecer objectivos e assim que os concretizamos existem sempre já alguns em lista de espera, prontos para se seguirem. Resmungamos, refilamos da vida, das pessoas e nunca nada é suficiente para nos satisfazer por completo. Eu, por exemplo há alturas em que nada me faz sentir realizada, nada me satisfaz, tudo parece errado, tudo me chateia, tudo me irrita. “Jisussss” nós mulheres sofremos nestes dias, maldita natureza! E normalmente é mesmo nestes dias que os inconvenientes acontecem sempre! Alguns de vocês sabem , outros não, mas eu vou confessar! Além do pequeno pormenor de ser uma cabeça no ar, tenho um outro problema, sou completamente míope. Ou seja, sem as minhas magníficas lentes de contacto(bendito o inteligente que inventou este fenómeno) eu não vejo nada, mas no verdadeiro sentido da palavra, NADA!

O que significa que estas “amigas” são imprescindíveis, logo custam caro! Sim, porque eu não podia ter uma boa lágrima, não, claro que não, tinha de ter uma tão má, mas tão má que me obriga a um rombo no meu orçamento de 6 em 6 meses. São, supostamente para ser trocadas de 15 em 15 dias. Como é obvio e como sou uma pessoa poupada(tesa, logo obrigatoriamente poupada!) não cumpro a prescrição à regra, o que é o mesmo que dizer que as uso até simplesmente já não ver nada com elas ou em casos extremos, elas se rasgarem por si mesmas, qual não é o uso. Foi exactamente o que aconteceu desta vez. A caminho de Queluz, já ia com o meu olho direito a arder, arranhar e a pedir por favor “Adjuda-me!”. “Calma, que vou a conduzir e estamos quase lá e espero bem que isto seja um lixo, uma pestana, qualquer coisa menos estar rasgada. Caso contrário o laboratório vai estar em perigo durante as próximas 8 horas!”. A primeira coisa que fiz quando cheguei foi concluir, “ups, o laboratório vai estar em perigo nas próximas 8 horas!”. Em prol de um ambiente seguro durante o dia e porque me preocupo com os meus “companheiros de guerra”, a segunda atitude que tomei foi avisar toda a população do laboratório “Meninos não vejo nada, estou míope! Não tenho lentes” e continuei a insistir “Já vos disse que hoje não vejo nada?”(sou insistente quando quero). Errado. Muito errado, tendo em conta que somos uma “cambada” de pessoas bem humoradas e com uma imaginação que exige ser exteriorizada. Rir é o nosso lema, logo os meus comentários só poderiam dar origem a uma “piadola”. Para garantirem a minha segurança e para que todos estivessem cientes do perigo de se cruzarem com a minha pessoa, os meus queridos amigos apanharam-me distraída(normal) e sorrateiramente colaram a seguinte mensagem na minha bata...

Não vejo um BOI!



Mensagem que carreguei juntinho ao meu pescoço algum tempo. “SACANAS!!!!!”. Mas olhem, no final até me deu jeito, porque na volta até casa não apanhei transito nenhum. Com aquele boi colado no vidro do meu carro, não havia quem se aproxima-se do meu ZP!!!!!

Monday, February 12, 2007

O pneu amigo do "homem"...

Começo por informar que a ideia do post de hoje era totalmente diferente daquilo no qual se vai transformar, mas para ser franca ao ver o que vos vou mostrar não resisti em partilhar! E não poderia estar mais de acordo com a conversa que mantinha no preciso momento em que vi o clip. Discussão da relação homem-mulher e de como o sexo masculino também sofre e se desilude! Calma meninos, não vou discutir relações!!!!


Penso que alguns de vocês, em maior número do sexo masculino com toda a certeza, já ouviram falar de uma multinacional de seu nome Bridgestone. Nome que por acaso não é mais nem menos que a tradução em Inglês do nome do fundador desta monstruosa empresa, o senhor Shojiro Ishibashi. Um japonês assim amoroso, daqueles que estão sempre a “ril” com os dentinhos à mostra. Neste caso compreende-se, eu se fosse a fundadora desta empresa também andava sempre de sorriso aberto! Aposto que teve uma vida cheia de orgulho e não só, os euros também deviam ser muitos. Bem, voltando ao ponto central, esta multinacional têm como finalidade “ pôr tudo sobre rodas”, ou seja o rendimento (estupidamente despropositado quando comparado com euromilhões e afins) desta empresa provém da capacidade de adornar tudo o que é automóveis, camiões, carros de fórmula um, motas e o que mais precisar, com uns pneus assim fora do normal, bons, mas daqueles bons mesmo! Tão bons, mas tão bons que são os responsáveis em, atrevo-me a dizer, vá 50% do fracasso de suicídios devido a desilusões amorosas do sexo masculino, no mundo inteiro. Não incluindo o sexo feminino, porque nós mulheres parece, segundo a estatística que optamos por coisas mais “sfot” que não magoem tanto, além disso os aficcionados de carros são vocês...

No entanto aviso-vos esta empresa dificulta-vos a vida, vejam o exemplo deste macho....

Friday, February 09, 2007

Ficou capado o Morgado!

Numa altura em que o tema de conversa em qualquer canto é o aborto e após onze extensos e exaustivos dias de debates quer televisivos quer na realidade do dia a dia de cada um de nós, nos quais cada um argumentou e contra-argumentou em função do sim ou do não, domingo finalmente vamos poder assumir a nossa opção. Provavelmente todos já construímos uma opinião, quer seja sim, não ou a abstenção. Apesar de ter já a minha opinião formada, obviamente que não vou fazer campanha política, até porque vocês sabem que o intuito deste blog não é definitivamente discutir assuntos sérios! Por isso continuem a ler que isto promete! Há anos que esta questão sobre o aborto paira sobre o nosso país e será para sempre um ponto de discordância entre nós portugueses. A primeira iniciativa de tentar fazer a diferença aconteceu em 1982, , quando o PCP teve a audácia de lançar o primeiro debate público sobre a questão do aborto. Ainda eu gatinhava e que pena que tenho de ser ainda uma criança naquela altura, porque daria tudo para ter assistido ao que vos vou relembrar ou contar a seguir. Tal como nos dias de hoje, na altura o CDS-PP defendia o Não com toda a “pujança e força” que podia, tendo no seu “corpo de argumentação” o deputado João Morgado, senhor que cometeu, na minha opinião, o erro de falar sem pensar ou talvez de utilizar as palavras erradas para exprimir a sua opinião. Claro está, que há sempre alguém atento e ansiosamente à espera de uma “calinada” para poder contra-argumentar em grande estilo, com inteligência e o mais fabuloso com sentido de humor. E em 1982 essa pessoa foi Natália Correia, do PSD. Dia 3 de Abril desse ano, na Assembleia da República pronunciou o senhor mencionado anteriormente, as seguintes palavras “O acto sexual é para ter filhos”, palavras às quais Natália Correia respondeu em poema, desencadeando a gargalhada geral na assembleia...

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.


Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento ,
só usou - parca ração!
-uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.


(3 de Abril de 1982 por Natália Correia)


E perante tal capacidade de argumentação ficou, obviamente encabulado e calado o senhor João Morgado!

Tuesday, February 06, 2007

Em prol da qualidade de vida...

Quando este ano começou, escrevi uma lista enorme com os objectivos que pretendia atingir até ao final do ano. Posso dizer-vos que por enquanto nada de novo e a minha vida continua a andar como um caracol e até estou desconfiada que o sacana além de lento, anda perdido. Não percebo, eu tenho andado a dar-lhe as coordenadas certas mas por alguma razão ele não me ajuda, facto que anda a deixar-me em stress!
Enfim, isto tudo para dizer que ando empenhada a tentar “trabalhar” a minha mente aluada, e como vocês sabem, panfletos colados em qualquer lugar visível, mesmo com letras do tamanho de formigas eu leio. Neste caso as letras eram bem grandes...


Uma boa cabeça num óptimo corpo?
Melhorar a sua qualidade de vida?
Aprimorar a sua flexibilidade, musculatura e reduzir o stress?

Introdução ao Yôga - Em prol da qualidade de vida

“Ora, nem mais!” pensei eu, do que mais precisa uma mente aluada do que isto!!!! Vi a solução para os meus males e considerei a hipótese de ir fazer umas aulas de yôga!
É bom para a concentração(que é o que eu preciso, é andar concentrada!), flexibilidade(que dá muito jeito em certas situações!) e relaxa a mente e os músculos(nesta parte as dificuldades são nenhumas, relaxada ando eu sempre!). Não perdi tempo, fui cheia de vontade e alguma curiosidade. Esperava encontrar uma aula pouco povoada, imagem que se desmoronou ao ver que o meu colchão por pouco não ficava em cima do umbigo do meu vizinho do lado! Sim! Porque naquela aula temos direito a tudo, ele é colchãozinho, ele é mantinha, almofadinha, só apetrechos que incutiam um único pensamento à minha mente, sono, muito sono, dormir, “Posso dormir?”. Bom, depois de todos os alunos arrumarem a sua caminha, o que se esperava ser uma aula de relaxamento começou.

(Têm de ler isto assim muito, mas mesmo muito deeeeevaaaaaaaagaaaaaaaar!)

"Verticalize o seus braços e inspire lentamente. Afaste os seus dedos e sinta as suas mãos! Deixe cair suavemente o seu tronco apertando as nádegas e sinta a ponta dos seus dedos no chão”. Até aqui tudo bem!

“ Pressione os calcanhares no chão, coloque as suas mãos no chão e direccione as suas nádegas para o tecto”, nádegas é uma palavra sempre presente nesta aula!

“Inspirando lentamente encoste os seus mamilos aos seus joelhos”, “Espera ele disse mamilos!!!! Encostar os mamilos aos joelhos???? Flexibilidade???? Chamam aquilo flexibilidade!!!. Imaginem o estado em que está o meu corpo!

“Dobre ligeiramente as pernas à altura dos joelhos e Raja Trikônásana”, “Desculpe!!! Importa-se de repetir!”.

Estão a ver não estão! E depois do massacre estivemos 20 minutos de barriga para o ar, supostamente a relaxar, supostamente, porque a minha mente só pulsava ”Silvia, não adormeças, olha a vergonha!!!!”



Sunday, February 04, 2007

Para a próxima tenha mais atenção!

Hoje ao visitar o blog da alfabeta, lembrei-me de uma situação que vivi à já alguns anos, no tempo em que andar de transportes públicos era uma constante na minha vida. Durante 5 anos, com excepção dos fins-de-semana, todos os dias eu era uma viajante fiel da Transtejo e do Metropolitano de Lisboa. Hoje confesso-vos que as saudades não são muitas, mas não deixo de relembrar com divertimento, certas situações partilhadas com o nosso povo, sempre tão bem disposto nas primeiras horas da manhã! Até há uns dias, pensava não haver explicação para tal evidência, mas afinal estava completamente equivocada! Parece que, segundo um estudo científico, nós portugueses, precisamos de pelo menos duas horas para voltar ao nosso estado normal após acordar, sendo esse processo ligeiramente mais lento para as mulheres, facto que não percebo bem porquê! Será porque somos obrigadas a acordar com o ronco daqueles para os quais o processo é mais rápido? Bom, o porquê não sei, mas revendo esse tempo, posso confirmar a veracidade desse estudo! Como todos sabem, os que me conhecem e aqueles que visitam este blog, eu sou realmente um pouco aluada e essa característica torna-se ainda mais problemática nessas 2 horas da manhã, nas quais eu sou literalmente um sonâmbulo. Certa manhã, em que o processo do acordar estava a ser complicado, dirigi-me como em qualquer outro dia para apanhar o barco. Viagem que à parte dos vários golos de cabeça marcados a bordo do cacilheiro, correu bastante bem. A primeira fase do caminho estava cumprida, esperava-me a segunda fase, normalmente mais rápida mas a mais aterradora. A hora de ponta do metro. Hora em que os “zombies” se comportam como animais, quem correr mais depressa apanha o metro e ainda quem sabe um lugar. É vê-los a correr de mochila nas costas, pasta na mão ou mala ao ombro. Se tivermos sorte ainda vimos um ou outro mais apressado que sem tempo de usar o passe, aventura-se a passar coladinho ao rabinho do zombie anterior, sendo ensanduichado por aquelas “portas” tão gentis(a vantagem é que o processo de acordar é imediato!).Nessa manhã, passei as gentis portas e o metro estava já à espera. Em passo rápido e por forma a não perder o bicho, entrei imediatamente na primeira porta que encontrei. Estava cheia de sorte, havia ainda um lugar. Entrei e dirigi-me para o lugar vago. Qualquer outra pessoa teria posicionado-se de frente para o lugar e posteriormente sentado-se, o normal. Eu não! Eu dei as costas ao lugar, tendo impedido a percepção de qualquer movimentação nas minhas costas. Não sei como, numa fracção de segundos, entre virar-me e sentar-me, não sei como, nem vinda de onde, aquela “zombie” foi mais rápida, eu aluada do mundo sentei-me, onde digam lá...pois, exactamente ao colo daquela senhora tão simpática! Ao sentir o colo da mulher, parecia que tinha uma mola no rabiosque e dei um salto de susto, que terminou num ataque de riso incontrolável. Houve risota geral, quer dizer geral, geral não, parece que aquela senhora é daquelas em que o processo é bastante demorado. Fui fuzilada com o olhar e ainda ouvi “Para a próxima tenha mais atenção!”. Ups, desculpe!!!


Thursday, February 01, 2007

Evolução da cueca!!!


Há uns tempos atrás estava eu tranquila numa mesa do café do Centro Cultural de Belém, a beber um cházinho e a comer uma torrada, com um frio de fazer doer os ossos lá fora, quando de repente entra um casal de namorados amoroso! Escolheram sentar-se exactamente na mesa ao lado à minha. Esboçavam felicidade e o cenário era romântico. E teria continuado assim, caso a visão não tivesse sido simplesmente esmagada por uma imagem aterradora. A menina era portanto uma adepta do fio dental ou cueca pouco pano, como preferirem e visto a calça não ser propriamente muito abundante também, já estão a imaginar o que aconteceu a seguir. Ao sentar-se, o rego da rapariga ficou assim como que desprotegido e a sorrir para o mundo! Ora está uma pessoa na sua tranquilidade a apreciar o seu lanche e de repente é obrigada a partilhar o momento com um rego de um rabo desconhecido? E o mais irritante é que eu sim estava incomodada com a situação e a pensar “Será possível que ela não sente o frio a aventurar-se por ali a baixo?”. Parecia-me impossível não ter perfeita noção que estava com o rabo quase em contacto directo com a cadeira metálica! A verdade é que nos dias que correm e devido ao pouco pano da cueca e da calça de cintura baixa, volta e meia e somos obrigados a levar com o rego das meninas mais descuidadas. E tudo culpa da evolução na moda da cueca. Cronologicamente, de cima para baixo, moda ceroula-corpete, moda cueca gola alta, moda cueca ingénua, moda cueca atrevida e moda cueca fio dental...


A evolução seria muito positiva caso o tamanho do rabinho das mulheres não tivesse crescido de forma inversamente proporcional ao tamanho da cueca, se os cintos fossem uma opção e as calças se mantivessem na cintura. Usem e abusem desta brilhante descoberta mas tenham atenção ao perigo de não usar cinto...


Wednesday, January 31, 2007

Duas horas intermináveis!

Hoje o meu dia começou de forma brilhante, melhor seria impossível. Levantei-me às 6h30m para supostamente e como sempre estar às 8h00 no meu local de trabalho, mas não, hoje a monotonia dos meus dias estava prestes a ser quebrada e por o pior dos motivos, infelizmente. Não sei se todos sabem, mas esta manhã devido a um acidente bastante grave(felizmente sem mortes)no final do tabuleiro da ponte, a ponte esteve cortada nos dois sentidos. E como o acidente foi no sentido Sul-Norte, os alfacinhas safaram-se bem melhor que nós, os “bregas” da margem sul! Pois é, bastariam uns minutos a menos para ter evitado ficar 2 horas parada, exactamente em frente às portagens. E quando digo parada, falo no verdadeiro sentido da palavra. Ora em vez de chegar às 8h00 cheguei às 10h00, em jejum e com um “cabeção” de sono! Sim, porque em vez de aproveitar para tirar uma soneca, eu e a minha companheira de viagem decidimos que rir seria bem melhor.

Como todos sabem o português é um povo irrequieto e estar sentado no interior de um carro parado, devido a uma fila, mais de 15 minutos é algo impensável! Ou seja, depois de cerca de 5 minutos(sim porque existem sempre os precoces) já haviam alguns irrequietos fora dos seus respectivos veículos. Os primeiros a sair são os viciados no cigarro, que assim que o carro pára vêem uma oportunidade de poluir mais uma percentagem dos seus pulmões. Logo de seguida e talvez com algum animo, porque afinal sempre são menos umas horas a trabalhar no pesado, saem em grupo, os trabalhadores na área da construção civil. Sempre muito protegidos do frio, com barretes enfiados até ao pescoço e os botins para proteger a unha do pé de algum tijolo que sofra um desvio. Saem depois os curiosos(que podem pertencer a qualquer umas das outras classes) e que se passeiam entre os carros na esperança de ver alguma “coisa” interessante(que o diga a minha companheira de viagem, que levou uma piscadela de olho de um dos trabalhadores do barrete! “Ele é estrábico, não era para mim!”, há pois não , não era!! Quase em último saem os executivos, os senhores de gravata, sempre muito compostos. Saem, como é óbvio por necessidade de esticar as pernas e nunca saem sozinhos. O seu telemóvel colado à orelha é fundamental, falam e falam e falam, provavelmente a fazer cálculos de probabilidade quanto à hora de chegada à tal reunião! E finalmente uma classe única, exclusiva e de certa forma criativa, os adeptos do jogging! Um casal de namorados que optou por trancar o seu carro e de mão dada passear, ora para cima, ora para baixo, ora para cima, ora para baixo, ora mais rápido, ora mais devagar, inspira e expira! Acho...acho não, tenho a certeza que se os vir os reconheço, quantas não foram as vezes que os vi passar ao lado do meu opel! Tudo isto para vos dizer que a minha manhã resumiu-se a uma pequena análise da nossa sociedade quando encurralada numa fila interminável!

Tuesday, January 30, 2007

Hoje é dedicado aos raros e especiais!

Hoje o dia foi exigente a nível emocional, por vários motivos. E para o meu blog combinar com o meu dia vou ter de ser lamechas hoje, peço desculpa, mas tem mesmo de ser. Todos temos pessoas especiais na vida, pessoas que conhecemos em certos momentos e com as quais somos obrigados a conviver. E em alguns casos essa obrigação vira um prazer e um privilégio. Foi o caso de uma amiga que apareceu à uns meses no nosso laboratório. Durante os quais nos habituou a 8 horas diárias de convivência e nos marcou com expressões que serão para sempre só dela. Ainda não nos deixou e já tenho saudades de ouvir...

Gaiiijaaa, achas que....
Oh pá, oh pá...
Não vales um caracol…

Fazes-me rir...
Temos pena...
Tu não me pressiones...
És uma palhaça...

(Agora que analiso a situação, está me cá a parecer que ela não era assim tão amorosa!!!! )

Bastaram poucos meses para perceber que TU és Rara e Especial...

Raros são os que sabem perdoar, aceitar as diferenças, os que lutam junto a ti por aquilo em que acreditam.
São Raros e Especiais, aqueles capazes de suportar o peso de um mau momento e faze-lo parecer tão leve. Aqueles que te dão a mão depois de te desfazerem em lágrimas com palavras duras mas certas e verdadeiras.
São Raros e Especiais. São os que ficam, os que voam no sonho connosco e que nos amparam ao acordar. São aqueles com os quais partilhamos as desilusões nos maus momentos, os sorrisos de felicidade e as gargalhadas nos momentos divertidos.
São amigos e especiais simplesmente porque nos sentem tão especiais como nós os sentimos a eles.

(Aposto que vai abanar o corpinho a ouvir esta música!!!!)

Saturday, January 27, 2007

Um cachorro-quente e um refrigerante!

Finalmente a minha vontade abafou a minha preguiça e lá comecei a comprar umas novidades para a nova decoração do meu quarto. E quem quer uma decoração agradável e principalmente económica vai ao IKEA, a maior superfície de tralha para casa e jardim. Foi o que fiz na sexta-feira assim que saí do meu local de trabalho. Depois de um dia sentada em frente a um computador a tratar resultados, estava com vontade era de me deitar e descansar, mas não, claro que não! E o mais semelhante que me ocorreu foi ir ao IKEA!!!! Como me desencaminharam e até fica em caminho, lá fui!

Perdi-me entre a secção de colchas, tapetes e candeeiros e lá consegui encontrar algumas coisas que me regalaram os olhos e me encheram as medidas. Coisas demais, por sinal. Eu como boa frequentadora desta grande superfície e como compradora assídua que sou, nunca necessito de me fazer acompanhar de um “ajudante de rodinhas”. Nesse dia não foi diferente, mas foi um grande erro ou burrada, como preferirem! Conhecem a expressão “burro de carga” era eu, uma burra(no verdadeiro sentido da palavra, quem é que vai comprar almofadas, colchas, tapetes e mais o que vier e não leva carro????) de carga (também no verdadeiro sentido da palavra, só se viam os meus olhinhos, era uma almofada andante!). Bom, depois de finalizar as minhas compras e a muito custo lá consegui atingir a meta daquela caminhada, o local onde achamos sempre que se calhar comprámos coisas demais, as caixas, onde sofremos as consequências do passeio! Primeira consequência, a espera enorme, a fila enorme, o tempo perdido e a dor de costas. Segunda consequência, a leveza desagradável que se faz sentir na nossa conta bancária! Depois de algum tempo na fila para pagar, aproximava-se a minha vez de ficar mais leve. Como pouco há a fazer enquanto se espera, tive oportunidade de passar os olhos nos panfletos colados junto à máquina registradora. Claro que o meu radar visual se concentrou imediatamente naquele com as letras mais minúsculas, que supostamente não são para ser lidas mas que por mero acaso são as que referem as coisas que realmente podem interessar ao consumidor.

De segunda a sexta se tiver mais de 3 pessoas à sua frente na fila, nós abrimos mais caixas.
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E se não conseguirmos cumprir, oferecemos-lhes um cachorro-quente e um refrigerante!


Ponto um, era importante que as pessoas lessem este aviso antes de chegar à caixa, logo não deveria esta preciosa informação estar num local onde quem está pelo menos no meio da fila conseguisse ler?

Ponto dois, visto ser uma informação importante não deveria estar num tamanho de letra que possibilitasse até os míopes lerem?

Ponto três, e porque é que a segunda parte da informação não está escrita pelo menos com o mesmo tamanho de letra da primeira. Será que já estão a pressupor que não vão cumprir e pode ser que assim a segunda parte ninguém leia?

Na próxima visita o cachorro e o refrigerante vão saber-me mesmo bem!!!!